
Um aplicativo inicialmente criado para atender a demanda específica de uma construtora que precisava catalogar, de forma online, as árvores que plantaria em um projeto de reflorestamento na cidade de Campinas-SP. Foi no ano de 2011, pela percepção de uma necessidade pontual, que a Anubz Innovative Solutions desenvolveu o primeiro sistema para identificação digital de árvores do mundo por meio de QR Code: o SiD.
Capaz de viabilizar o cadastro georreferenciado de árvores e, com segurança, praticidade e exatidão, permitir o mapeamento e a rastreabilidade de mudas e de indivíduos arbóreos adultos, o SiD rapidamente conquistou o mercado. Em poucos meses passou a ser utilizado não só por construtoras, mas, também, por empresas e órgãos públicos que viram na ferramenta o formato ideal para realizar a gestão eficiente de ativos ambientais.
Quatro são os stakeholders que atuam dentro da plataforma e que se beneficiam com o negócio:
- Empresas privadas que buscam realizar compensações ambientais, auditar o inventário de plantios e obter métricas sobre saldo de carbono e relatórios de sustentabilidade;
- Empresas terceirizadas que são contratadas para fazer a manutenção e lançar as informações no sistema;
- Administração pública, para controle dos recursos naturais que possui e fiscalização, em tempo real, do que de fato tem sido feito pelas empresas para compensar os impactos e intervenções provocadas ao meio ambiente;
- População, que ganha qualidade de vida e acesso a conteúdo gratuito de educação ambiental.
Solução para problemas críticos
Muito além das vantagens individuais que proporciona, o sucesso do sistema se fundamenta em uma lógica bastante simples. Antes de seu lançamento, toda atividade que exigia a catalogação e gestão de áreas verdes era feita de forma manual. Inúmeras planilhas no Excel, muitas pessoas envolvidas e incontáveis horas de trabalho – em campo e no escritório – eram necessárias para levantar as informações e cruzar os dados. Sem falar no alto custo para viabilizar toda a operação. Com o SiD veio a informatização, segurança e economia em todas as fases desse processo.
Em outros termos, em um processo que envolve vários stakeholders com responsabilidades distintas na execução de cada fase, quando o fluxo de dados não é organizado de forma dinâmica e prática, ou a informação acaba se perdendo no meio do caminho, ou demora muito para ser concluída. E o SiD veio justamente solucionar os quatro problemas mais críticos nesse sentido: demora na coleta de informações, perda de dados durante as etapas, arquivamento não unificado e alto custo.
Com o sistema de identificação digital da Anubz atuando como um aglutinador, onde todas as informações são atualizadas em tempo real em um banco de dados unificado e compartilhado em “nuvem”, todos esses problemas foram resolvidos.
Mas, afinal, como funciona o SiD?
Por exemplo, em cumprimento a um Termo de Compromisso Ambiental (TCA) firmado com a Prefeitura de um município, uma empresa precisa plantar quinhentas ávores em um parque. No ato do plantio, as mudas recebem um “RG digital” individual, que consiste em um pequeno cartão de identificação (feito em polipropileno ou alumínio, de altíssima durabilidade) gravado com um QR Code.
Chamado de tag, o cartão armazena informações sobre cada árvore plantada: nome da empresa responsável pela compensação ambiental; nome da empresa responsável pelo plantio; data do plantio; identificação da espécie plantada, suas características e classificação sucessional; geolocalização; e outras informações que podem ser lançadas gradativamente no sistema por conta das etapas de manutenção, como regas realizadas, incidência de pragas e necessidade de substituição da muda.
Uma vez identificadas as árvores pela empresa mantenedora do plantio, a empresa compromissária e a administração pública podem acompanhar o desenvolvimento das mudas em tempo real, sem precisar ir a campo com frequência. Por outro lado, a população se beneficia com informações de interesse público, como saber os frutos e flores que cada árvore oferece, características e curiosidades sobre as espécies e a quantidade de carbono que está sendo resgatado em decorrência da ação.
E acessar as informações das tags é muito fácil! Com qualquer aplicativo de leitura de QR Code (que pode ser baixado gratuitamente em lojas de aplicativos, seja App Store, Google Play ou outra), basta posicionar um tablet ou smartphone em frente ao código para os dados aparecerem na tela. Ou, então, com o número correspondente do código, fazer a consulta no próprio site do SiD, via computador remoto. Lançar os dados no sistema é feito com facilidade pelos mesmos processos, porém, em área administrativa de acesso restrito.
Pelo pioneirismo e inovação e com um banco de dados que possui informações científicas de mais de 400 espécies arbóreas nativas e exóticas, a tecnologia – também reconhecida por contribuir ativamente com a preservação do meio ambiente e reduzir os danos causados a ele – foi premiada durante a 21ª Conferência do Clima (COP21) realizada em 2015, na França, e na Hack4Climate que aconteceu durante a COP 23 na Alemanha.
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