Arborização urbana: não basta plantar, tem que planejar! 281

É principalmente quando a temperatura sobe – e que buscamos por aquela sombra salvadora nos dias de sol escaldante – que nos damos conta de como as árvores são insubstituíveis na oferta de conforto térmico e, claro, beleza. Porém, é grande equívoco computar as vantagens geradas pelo verde em áreas urbanas somente quando o calor aperta. Mais do que alívio térmico e benefícios estéticos e paisagísticos, muitos outros fatores a níveis ecológicos, econômicos e mesmo sociais se fazem presentes dia após dia graças à existência desses patrimônios naturais.

Definitivamente, não são apenas as imensas florestas que atuam em prol do necessário equilíbrio ecológico. As árvores dispostas nos centros urbanos também exercem papel fundamental e contribuem significativamente para a manutenção dos valores naturais e para a melhoria da qualidade de vida das populações.

Por isso, muitos são os pontos que certamente despertam cada vez mais a atenção da sociedade civil e de empresas públicas e privadas para que promovam, durante o ano todo, ações que incentivem a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de árvores e plantas e respectivos espaços verdes:

– Diminuem a temperatura do entorno, promovendo sensação térmica bem mais confortável;

– Têm funções de proteção do solo contra erosão e de controle do ciclo e qualidade da água;

– Filtram e removem gases e partículas poluentes do ar, lembrando que a poluição nas grandes cidades compromete a produção de oxigênio;

– Amenizam a poluição sonora (já percebeu como é mais agradável transitar por vias arborizadas?);

– São uma barreira natural contra o vento;

– Reduzem o impacto das chuvas;

– Absorvem o carbono emitido pelos automóveis.

Ainda em dúvida em relação aos benefícios? Confira outros bons motivos para o plantio de árvores:

– São fonte de bens como madeiras, combustíveis, alimentos e outras matérias-primas essenciais, como celulose, resina, cortiça, frutos etc.;

– Concentram a maior parte da biodiversidade terrestre (de espécies vegetais e animais);

– Têm um elevado valor paisagístico e recreativo, sem falar que áreas urbanas arborizadas tendem a ser mais valorizadas que outras;

– E, “de quebra”, são as grandes responsáveis pela indispensável função fotossintética.

Mediante tantos benefícios, há inúmeras empresas e entidades que já apostam no plantio e na recuperação de áreas verdes em centros urbanos. E você com certeza já pensou em também fazer isso, certo? Mas, antes de agir, tenha em mente uma única palavra: planejamento. Como qualquer ação não planejada gera resultados inesperados, o plantio de árvores de forma desordenada também pode trazer diversos problemas ao homem.

Para se plantar de forma adequada é necessário, inicialmente, saber quais são as características da árvore – tempo médio de crescimento, tamanho final, estrutura da raiz e madeira, se dá frutos ou flores e, principalmente, o local onde será plantada. Não importa se em parques, bosques, jardins, praças, calçadas ou ruas, planejamento é fundamental. É preciso levar em conta os fios de energia da rua, a tubulação da rede de esgoto e, no caso de árvores frutíferas, verificar se seus frutos são ou não pesados para evitar transtornos no futuro.

A tecnologia também já se tornou uma etapa indispensável no planejamento. Por isso, aposte num sistema de identificação digital da área plantada para ajudar na catalogação das mudas, proporcionando o gerenciamento unidade a unidade e dando o retorno necessário sobre os resultados do plantio. Tão necessário quanto contribuir para o bem-estar coletivo, é a responsabilidade do planejar e cuidar!

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