O crédito de carbono e suas compensações 337

Usina como fonte poluidora

Dióxido de carbono, gás carbônico, CO2. Com o mundo sofrendo crescentes desastres ambientais, quem nunca ouviu falar em um desses termos? E crédito de carbono, conhece? Enquanto os três primeiros são apontados como causas, o último é visto como solução.

Criado em 1997 durante as negociações do Protocolo de Kyoto, no Japão, o sistema do crédito de carbono entrou em vigor somente a partir de 2005, com a assinatura de 160 países em comum acordo. O propósito foi estabelecer às nações desenvolvidas a redução da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), entre os anos de 2008 e 2012, em média 5,2% em relação aos níveis constatados em 1990. Média esta que em 2011, na Conferência do Clima (COP 17) realizada na África do Sul, foi atualizada para cortes de 25% a 40% nas emissões até 2020, também sobre os níveis de 1990.

Mas, afinal, o que é esse tal “crédito de carbono”, que normatizado pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) cujo conselho executivo foi criado lá atrás em Kyoto, tornou-se um negócio rentável e ecologicamente correto que cresce a passos largos a cada ano no mundo todo?

Espécie de moeda ambiental, o crédito de carbono é adquirido por empresas e nações após a constatação de que precisam atuar na diminuição da emissão de gases poluentes que provocam o efeito estufa e, consequentemente, o aquecimento global. Em outros termos, quem não cumpre as metas de redução progressiva de emissão estabelecidas por lei, tem que comprar certificados dos que estão mais bem-sucedidos na missão.

A conversão é bastante simples: cada tonelada de dióxido de carbono equivale a uma unidade de crédito que pode ser comercializada em mercados nacionais e internacionais, lembrando que o valor monetário do crédito sofre variações constantes, semelhantes a uma bolsa de valores. No Brasil, a comercialização é realizada por leilões via internet, sob o comando da BM&FBovespa.

Funciona como um sistema de compensações, onde quem ganha mais é o ecossistema e, naturalmente, a população – em qualidade de vida –, já que a garantia do crédito se dá pela adoção de medidas solucionáveis como o reflorestamento, uso de energias renováveis, controle de poluição e programas de produção sustentáveis, entre outros projetos que contribuem com o meio ambiente.

No caso de reflorestamento, por exemplo, a Anubz oferece uma solução pioneira e inovadora de identificação digital de árvores, cujo sistema engloba um perfil virtual que permite catalogar, gerenciar e relatoriar ativos ambientais. Cada árvore identificada é georreferenciada com informações técnicas detalhadas, facilitando a transparência do projeto através da gestão de informações e assegurando uma métrica que leva à eficiência do controle do resgate de gases poluentes.

Em tempo real, todas as informações do projeto de quem utiliza o sistema são compiladas em um relatório detalhado e outro de resgate de carbono para a empresa investidora. Por isso, catalogar árvores digitalmente tem rapidamente se posicionado como pré-requisito diferencial para quem deseja atuar no mercado de créditos de carbono com controle total de seus objetivos e transações.

De forma geral, levando em consideração que a diminuição de CO2 não é uma preocupação somente de ordem econômica, e sim de todas as pessoas que integram o ecossistema, qualquer mudança simples de hábito é bem-vinda! Seja ela usar com mais frequência bicicletas ou automóveis movidos por combustíveis menos danosos, economizar água e energia, promover a coleta seletiva, reutilizar embalagens ou consumir produtos comprovadamente “verdes”, entre outras ações que parecem ser pequenas, mas que fazem muita diferença na somatória final. 

Vale lembrar ainda que o CO2 não é somente o “vilão da história”: ele é indispensável para as trocas gasosas em nosso sistema respiratório e também no processo de fotossíntese, por ser elemento básico na estrutura de organismos essenciais ao planeta.

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